Bruxaria e Lendas

Quando de um casal nascem sete filhas, sem que nasça nenhum menino nesse espaço, a primeira ou a última será, fatalmente, uma bruxa. Para que isso não venha a acontecer é necessário que a irmã mais velha seja a madrinha de batismo da mais moça. São apontadas como tal, certas mulheres magras, feias, antipáticas.

Dizem que têm pacto com o demônio, lançam maus-olhados, acarretam enfermidades com os seus bruxedos etc. Costumam transformar-se em mariposas e penetram nas casas pelo buraco da fechadura. Tem por hábito chupar o sangue das crianças ou mesmo de pessoas adultas, fazendo-as adormecer profundamente. A marca do chupão deixado na pele, chama o vulgo de "melancolia".

Antigamente, quando um recém-nascido começava a emagrecer e definhar até a morte, principalmente os que ainda não haviam sido batizados, acreditava-se em "doença da bruxa". Para que as crianças não batizadas não sejam atacadas pelas bruxas, deve-se conservar luz acesa no quarto.

Os pais, ao colocarem o caixão da criança atravessado na porta da casa, a primeira mulher que aparecesse seria a bruxa, vindo mais uma vez buscar a vida de uma criança, para assim manter-se eternamente jovem.

Era costume também, proteger as crianças dando-lhes remédios à base de alho e colocando tesouras abertas embaixo dos seus travesseiros. A criança atacada por uma bruxa ingere carvão, cal de parede, terra e outras substâncias estranhas.

As bruxas realmente existem, garante a sabedoria popular. Sabe-se que uma mulher é bruxa, quando dá a apertar a mão canhota (esquerda). Há ainda, outro processo de identificar uma bruxa: vira-se a lingüeta da fechadura de uma canastra. A bruxa, ao entrar em casa, a primeira coisa que faz é pedir para endireitar-se a lingüeta.

Existe, também, uma oração contra elas. Quem as possui consegue descobri-la e prendê-la e também não adormece quando ela, à noite, penetra em casa. A pessoa assim presumida, toma para prendê-la, de um tacho ou uma medida de alqueire e logo que a bruxa entra em casa emborca o tacho ou a medida e ela fica incapaz de sair.

As lendas de bruxas, "lobisomens" e outros seres que habitam a fértil imaginação dos populares formam um capítulo a parte. Muitos juram, de pés juntos, que as bruxas andam as soltas nas belas noites de luar, fazendo seus rituais bruxólicos e espalhando no ar toda a magia de suas fascinantes feitiçarias.
bruxa Tibúrcia possui várias lendas em Curitiba , vamos ler algumas delas abaixo :

 

A Praga da Bruxa

 

Na cidade de Curitiba , em 1934 ,  na Rua Visconde de Guarapuava morava  uma bruxa  cigana chamada Tibúrcia . Esta feiticeira vivia dizendo :

- Depois de muitos anos após a minha morte , o local da minha casa será visitada por muitos cadáveres .

Um certo dia , dona Nair  ,  esposa de um juiz ,  estava passando por aquele local  . Quando , de repente ,  foi abordada pela feiticeira que disse :

- Senhora , por favor , deixe – me ler a sua mão !

Então  Nair exclamou  :

- Tire suas mãos de cima de mim !

- Ciganos e bruxos deveriam ser mortos !

Desta maneira  Tibúrcia ficou com raiva e gritou  :

- Cuidado que sou cigana e praga de cigana pega !

Um dia após esta discussão , Nair começou a passar mal e diz a lenda que esta mulher chegou até a vomitar objetos . Uma semana depois a empregada da casa achou sapos e gatos com as bocas costuradas , além de recolher restos de ossos humanos que apareciam de madrugada na porta  . Após quinze dias , Nair faleceu e os médicos não souberam diagnosticar a doença que provocou a morte .

A mídia curitibana falou que a causa do falecimento foram os feitiços de Tibúrcia .

Alguns anos depois  a feiticeira faleceu e o local virou um quartel , onde vários soldados afirmaram que viam assombrações . Alguns anos depois , o quartel foi transferido e o lugar virou o Instituto Médico Legal do Paraná , onde é a passagem de vários cadáveres como a bruxa previu .



0 comentários:

Postar um comentário